segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Primeira mulher a chefiar a PGR, Raquel Dodge toma posse nesta segunda-feira


Nova procuradora-geral substitui Rodrigo Janot, que deixa o cargo após 4 anos. Denunciado por Janot e responsável pela indicação de Dodge, Temer participará da posse nesta segunda.



procuradora da República Raquel Dodge, em julho, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado 
(Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)




Primeira mulher a comandar a Procuradoria Geral da República, Raquel Dodge tomará posse nesta segunda-feira (18) em Brasília como nova responsável pela chefia do Ministério Público Federal.
A posse está marcada para as 8h, na sede da PGR em Brasília. A nova procuradora-geral comandará o MPF por dois anos. Ela substituirá no cargo Rodrigo Janot, que estava no cargo desde setembro de 2013.
De acordo com o cerimonial, caberá ao presidente Michel Temer dar posse à nova procuradora-geral da República. Para conciliar a solenidade com a agenda de Temer, que viajará ainda nesta segunda para os Estados Unidos, o horário da posse foi antecipado.
Após a cerimônia na PGR, Temer segue para Nova York, onde participará de um jantar oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na terça (19), Temer fará o discurso de abertura Assembleia Geral das Nações Unidas.
Além de Temer, outras autoridades são aguardas na posse de Raquel Dodge, entre as quais a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes.
Subprocuradora-geral, Raquel Dodge foi indicada para a PGR por Temer, em junho. Ela foi a segunda mais votada na eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), ficando atrás de Nicolao Dino, candidato apoiado por Janot, o que pesou na decisão do Palácio do Planalto.
A troca de comando no MPF se dá menos de uma semana depois de Janot apresentar mais uma denúncia contra Temer ao STF. Na quinta-feira (14), às vésperas do fim do mandato, o procurador-geral denunciou o presidente pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.
Se a acusação avançar no STF, mediante autorização da Câmara dos Deputados, o futuro do caso ficará sob responsabilidade de Raquel Dodge.
Ela assume a Procuradoria Geral com a missão de garantir a continuidade da Operação Lava Jato, que investigou mais de 100 políticos na gestão de Janot e denunciou caciques de partidos como PMDB, PT, PSDB e PP, entre outros.

Perfil

Nascida em Morrinhos (GO), Raquel Elias Ferreira Dodge tem 56 anos e desde 1987 atua no MPF. Formada em Direito pela Universidade de Brasília, fez mestrado em Harvard e tem trabalhos acadêmicos na área de direitos humanos.
Ao longo da carreira, destacou-se em casos de combate à corrupção e ao crime organizado. Também atuou em questões de comunidades indígenas. É conhecida entre os colegas pelo perfil reservado, rígido e técnico.
Uma das investigações de maior relevância da carreira de Raquel foi a Operação Caixa de Pandora, deflagrada em 2009 para apurar um esquema no Distrito Federal que ficou conhecido por mensalão do DEM.
À época, Raquel Dodge teve participação decisiva na prisão do então governador, José Roberto Arruda (DEM-DF).
Fonte: G1 Pernamuco







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