O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se esquivou de comentar a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo caso do sítio de Atibaia (SP). "O caso do presidente Lula pertence ao meu passado", limitou-se a dizer.
Foto: Wilson Dias
Lula foi condenado na quarta-feira (6) a 12 anos e 11 meses pela juíza Gabriela Hardt - substituta de Moro na Operação Lava Jato - por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação penal que envolve o sítio em Atibaia. O petista foi sentenciado por supostamente receber R$ 1 milhão em propinas referentes às reformas do imóvel, que está em nome de Fernando Bittar, filho do amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar. Segundo a sentença, as obras foram custeadas pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e Schahin.
O sítio Santa Bárbara é pivô da terceira ação penal da Lava Jato no Paraná, contra o ex-presidente - além de sua segunda condenação. O petista ainda é acusado por corrupção e lavagem de dinheiro por supostas propinas da Odebrecht - um terreno que abrigaria o Instituto Lula e um apartamento vizinho ao que morava o ex-presidente em São Bernardo do Campo. O processo também já teve a entrega de alegações finais e aguarda sentença.
Prisão
O ex-presidente já cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão no caso triplex, em "sala especial", na sede da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, desde 7 abril de 2018, por ordem do então juiz federal Sérgio Moro.
Lula foi sentenciado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo suposta propina de R$ 2,2 milhões da OAS referente às reformas do imóvel.
Via: Diário de Pernambuco
Por: Simone Novaes