A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou nesta segunda-feira (6) um aviso com recomendações sobre o uso de máscaras na prevenção contra o contágio pelo novo coronavírus.
O documento reforça que não há evidência científica que comprove que pessoas que não foram infectadas fiquem mais protegidas ao utilizarem máscaras.Além disso, ressalta, porém, que o uso por pessoas sintomáticas, pré-sintomáticas e assintomáticas pode, de fato, limitar a transmissão do vírus.
Um estudo publicado na Nature Medicine realizou testes em pacientes infectados com um coronavírus sazonal e, ao medir a transmissão do vírus por respiração entre aqueles que usavam máscaras, não detectou o vírus.
De acordo com o aviso da OMS, embasado em pesquisas e testes realizados pela própria organização e também por outros grupos de pesquisa, a recomendação é que as máscaras sejam usadas exclusivamente por profissionais da saúde, pessoas infectadas ou com sintomas que possam indicar infecção e pessoas que tenham contato com pacientes infectados ou em suspeita.
A entidade lembra que a máscara não oferece proteção integral. "O uso de uma máscara sozinha é insuficiente para fornecer um nível adequado de proteção, e outras medidas também devem ser adotadas", diz o texto. Elas incluem lavar bem as mãos com água e sabão, evitar uso compartilhado de objetos e manter distanciamento social.
A OMS também recomenda que governantes considerem alguns fatores para adotarem o uso de máscaras. Não se deve, por exemplo, reutilizar máscaras, nem próprias nem de outras pessoas. A depender do tipo de máscara, pode haver dificuldade de respiração.
Aos governos, recomenda-se também que haja diversidade de tipos de máscara, de maneira que as cirúrgicas possam ser utilizadas preferencialmente por profissionais da saúde.
A infecção pelo Sars-CoV-2 acontece por meio do contato e de gotículas respiratórias. As máscaras funcionam no último caso, quando uma pessoa com sintomas utiliza máscara para conversar com outra não infectada, por exemplo.
No caso do contato, a OMS alerta que o vírus pode sobreviver em superfícies, ainda que por pouco tempo. Um outro estudo indica, por exemplo, que o vírus sobrevive em superfícies plásticas como a da maioria dos celulares por até quatro dias. Porém, a cada segundo, a chance de infecção por este meio cai.
O documento ressalta também o que já se sabe sobre a infecção por coronavírus. Sabe-se que as pessoas infectadas com sintomas são as que mais transmitem. Além disso, também é possível dizer que o período de incubação do vírus (entre infecção e surgimento dos sintomas) é de cinco ou seis dias, podendo chegar a 14 dias.
Nos últimos dias, órgãos como o CDC (Centro de Controle de Doenças) dos EUA e o Ministério da Saúde do Brasil passaram a recomendar que toda a população use máscaras de pano (para que as máscaras hospitalares sejam reservadas aos profissionais da saúde) ao sair na rua.
Via: Diário de Pernambuco