quinta-feira, 27 de julho de 2017

Tratar enfermidade em casa ajuda na melhora do paciente


A atenção domiciliar tem sido uma grande aliada para a saúde de pacientes 

com diferentes enfermidades. 

Conhecido por Home Care, o serviço é hoje regulamentado no Brasil e tem o objetivo 

de prestar assistência ao paciente em sua própria casa, levando até ele condições

 de atendimento e recursos para a melhor evolução possível de seu quadro clínico.

O atendimento em casa permite a não hospitalização ou a desospitalização precoce, ou seja, dependendo das condições e do quadro clínico, o paciente pode fazer todo o tratamento em casa ou sair antes do hospital e continuar o tratamento em caráter domiciliar, com mais conforto e comodismo, o que favorece na melhora da autoestima, nas condições de reabilitação e no bem-estar.
A Internação domiciliar também é menos onerosa para quem paga a conta, no caso o paciente (familiar) e operadoras de planos de saúde. Reduzem-se os gastos hospitalares, pois todo atendimento é realizado em casa e toda a estrutura de um ambiente hospitalar é proporcionada pela empresa que presta o serviço domiciliar. Os riscos do ambiente também diminuem, considerando que existe a exposição à infecção hospitalar. Além disso, a atenção assistencial é personalizada e fundamentada na segurança do paciente, e o profissional técnico é exclusivo para o atendimento.
O Home Care já é bastante comum em países da Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, o serviço vem crescendo nos estados do Nordeste, em São Paulo, no Rio de Janeiro e mais recentemente no Paraná com as empresas especializadas. O serviço é também previsto para o Sistema Único de Saúde (SUS), por uma portaria do Ministério da Saúde, mas ainda não democratizado pelo sistema em todo o país. Já os planos de saúde e hospitais particulares costumam terceirizar o Home Care, direcionando também a uma empresa especializada.
Na opinião do médico Rogério Alexandre Sakuma, da Reference Saúde, empresa especializada na modalidade em Londrina, a atenção domiciliar faz parte do futuro e pode um dia se tornar obrigatória devido aos bons resultados que tem demonstrado.
"É um modelo adequado e uma ótima saída para a falta de leitos por exemplo, problema evidente nos hospitais do Brasil. O paciente sai antes do hospital e finaliza em casa o tratamento. Há muitas patologias que o paciente não precisa ficar internado durante todo o tempo, principalmente depois que ele está estabilizado. Isso gera uma economia aos hospitais, além de uma melhora no quadro clínico, pois em um ambiente familiar o paciente se sente melhor e se recupera mais rápido", explica.
O serviço de Home Care vai desde a assistência até a internação domiciliar, abrangendo o tratamento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, até a internação em caso de patologias neuromusculares, sequelas de acidentes vasculares cerebrais e pacientes com tetraplegia. Também há casos em que a família busca cuidados com pacientes em fase terminal. "É uma atenção especial, para se ter mais qualidade de vida neste momento que é tão difícil para a família".
No Brasil, o Home Care segue uma regulamentação específica da Anvisa (RDC 11) e deve contar com estrutura, profissionais e processos específicos. "Às vezes as pessoas confundem Home Care com cuidadores. Mas, em Home Care, a equipe deve ser multidisciplinar, ou seja, desde médicos, enfermeiros, terapeutas, entre outros profissionais da saúde, visando a assistência integral e para pacientes em qualquer idade. Também há toda uma documentação, que como toda documentação hospitalar, deve ficar armazenada por dez anos, descrevendo toda a evolução da patologia, medicação usada, etc.", explica.
Conforto e praticidade
O conforto e a praticidade também são fatores decisivos para quem opta pelo serviço de Home Care. Aos 74 anos, o médico Alfio Martelliti, precisou fazer um tratamento durante 14 dias, que envolvia duas aplicações diárias de medicamentos. Apesar de ser da área da saúde, Martelliti conta que ainda não sabia como funcionava o Home Care. "É muito prático. Você está em casa, tranquilo, não parece que está em meio a um tratamento. Queriam que eu internasse, mas eu não queria ficar em hospital. Então é com certeza uma ótima opção e uma inovação no atendimento", relata.
Importância da Família
A internação domiciliar também permite aos pacientes uma maior qualidade de vida durante o tratamento. "Nós entramos com 50%, que são o tratamento em si. E família entra com 50%, com todo cuidado, atenção, apoio e carinho", considera Sakuma.
A família de Camila Banaki passou pela experiência da internação domiciliar com a mãe que, ao final do tratamento de um câncer, quis voltar para a casa. Mesmo sendo um momento difícil para a família com a doença e ao final a perda da mãe, Camila conta que o Home Care fez toda a diferença. "Ela não queria ficar mais no hospital, pois é um ambiente que a traumatizou bastante, então a trouxemos pra casa, onde havia o carinho de todos nós. E todos da equipe de Home Care foram muito carinhosos e atenciosos. Sabemos que foi bom para ela", conta.
Por DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS

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