As alunas brasileiras mostraram, em média, mais
habilidade para trabalhar em grupo com duas ou mais pessoas e tentar resolver
uma tarefa do que os alunos.
Sala de aula da educação infantil em Porto Alegre. (Foto: Eduardo Beleske/PMPA/Divulgação)
A nota média delas no Brasil foi
420.6, 17 pontos à frente da dos meninos, que obtiveram 402.30. Enquanto 15,2%
das meninas tiveram desempenho igual ou superior à média da OCDE (500), 12,2%
dos meninos chegaram a esse patamar.
Os apontamentos são do estudo “Um
Panorama sobre Resolução Colaborativa de Problemas no Brasil”, do Portal Iede
(Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) que usou dados do
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês)
2015, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Para medir a habilidade de resolução
de problemas, o Pisa propôs simulações teóricas em que os alunos tinham de, por
exemplo, fazer um filme e preparar uma apresentação.
Em 23 estados, a nota média das
meninas foi estatisticamente mais alta do que a nota média deles. No Amapá, a
diferença entre os sexos foi a maior registrada no país, chegando a 30.1
pontos. Nos estados de Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe e Alagoas a
diferença entre os sexos não é considerada estatisticamente significante, de
acordo com o Iede.
Desigualdades regionais
Todas as
regiões brasileiras tiveram pontuações muito baixas e abaixo da média dos
países da OCDE no critério resolução de problemas, segundo o estudo do Iede. A
região Sul é a que obteve a melhor média: 430.4. Se fosse um país,
ultrapassaria apenas Montenegro (415,7), Peru (417.8) e Turquia (422.4) e
estaria estatisticamente no mesmo patamar de Colômbia (429.4) e México (433.1).
O levantamento mostra que no
Nordeste e Norte brasileiro a situação é ainda mais desafiadora. A nota média
da região Nordeste, a mais baixa do país, foi 391. No Norte, da amostra de
6.313 alunos, 4.006 tiveram baixo desempenho. A pontuação da região Norte, a 2ª
mais baixa, foi 403.3.
A amostra brasileira para resolução colaborativa de problemas foi de 23.141
alunos, espalhados por todos os estados.
Via: G1
Por: Simone Novaes