quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Meninas são melhores do que meninos na resolução de problemas, diz estudo com base no Pisa 2015


As alunas brasileiras mostraram, em média, mais habilidade para trabalhar em grupo com duas ou mais pessoas e tentar resolver uma tarefa do que os alunos.

Sala de aula da educação infantil em Porto Alegre. (Foto: Eduardo Beleske/PMPA/Divulgação)

A nota média delas no Brasil foi 420.6, 17 pontos à frente da dos meninos, que obtiveram 402.30. Enquanto 15,2% das meninas tiveram desempenho igual ou superior à média da OCDE (500), 12,2% dos meninos chegaram a esse patamar.

Os apontamentos são do estudo “Um Panorama sobre Resolução Colaborativa de Problemas no Brasil”, do Portal Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) que usou dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) 2015, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Para medir a habilidade de resolução de problemas, o Pisa propôs simulações teóricas em que os alunos tinham de, por exemplo, fazer um filme e preparar uma apresentação.

Em 23 estados, a nota média das meninas foi estatisticamente mais alta do que a nota média deles. No Amapá, a diferença entre os sexos foi a maior registrada no país, chegando a 30.1 pontos. Nos estados de Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe e Alagoas a diferença entre os sexos não é considerada estatisticamente significante, de acordo com o Iede.

Desigualdades regionais

Todas as regiões brasileiras tiveram pontuações muito baixas e abaixo da média dos países da OCDE no critério resolução de problemas, segundo o estudo do Iede. A região Sul é a que obteve a melhor média: 430.4. Se fosse um país, ultrapassaria apenas Montenegro (415,7), Peru (417.8) e Turquia (422.4) e estaria estatisticamente no mesmo patamar de Colômbia (429.4) e México (433.1).

O levantamento mostra que no Nordeste e Norte brasileiro a situação é ainda mais desafiadora. A nota média da região Nordeste, a mais baixa do país, foi 391. No Norte, da amostra de 6.313 alunos, 4.006 tiveram baixo desempenho. A pontuação da região Norte, a 2ª mais baixa, foi 403.3.

A amostra brasileira para resolução colaborativa de problemas foi de 23.141 alunos, espalhados por todos os estados.





Via: G1


Por: Simone Novaes

Simone Novaes

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